Durante o mês de outubro é realizada a campanha mundial do Outubro Rosa, que leva a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer de mama, descoberto precocemente a doença tem altas chances de cura.
Sendo o segundo câncer que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é uma neoplasia maligna que acomete o tecido mamário.
Ele aparece quando há uma mutação genética em alguma célula, que causa a multiplicação desenfreada de células anormais, formando um tumor que tem seu crescimento variável, muito rápido ou lento.
Há, ainda, fatores ambientais, genéticos e de estilo de vida, como a obesidade após a menopausa, a exposição frequentes à radiação, sedentarismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Para que haja maiores chances de cura, o tumor deve ser identificado precocemente. Exames como a mamografia, que deve ser feita frequentemente a partir dos 40 anos, são imprescindíveis para a descoberta de um câncer que pode ser tratado rapidamente.
Autoexame das mamas: passo a passo
Embora a mamografia seja o método mais indicado para detectar o câncer, o autoexame também é importante, especialmente para quem não tem acesso à mamografia no momento.
O autoexame deve ser feito 1 vez ao mês, cerca de 3 a 5 dias após o primeiro dia de menstruação, pois nessa época a mama está menos inchada e dolorida, facilitando a detecção de qualquer alteração.Já nas mulheres que não menstruam mais, o exame deve ser feito em uma data fixa todo mês.
O exame deve ser feito sem blusa e sem sutiã, para que não haja interferência do tecido, preferencialmente em frente ao espelho ou deitada, buscando a presença de caroços, alterações na pele ou no bico do seio, secreção das mamas ou saliências.
Para fazer o exame, siga os passos abaixo:
Na frente do espelho
- Com os braços caídos e relaxados, observe os seios;
- Levante os braços e observe-os novamente;
- Coloque as mãos na cintura, fazendo pressão, e observe-os mais uma vez.
Essas 3 maneiras de observar os seios, servem para perceber se há alterações visualmente perceptíveis, como diferenças no tamanho, forma e cor das mamas, além de inchaços, depressões na pele, saliências ou rugosidades.
Palpação
- Levante o braço esquerdo, colocando a mão para trás da cabeça;
- Com a mão direita, apalpe cuidadosamente a mama esquerda, fazendo movimentos circulares, convergentes para o mamilo, para cima e para baixo;
- Pressione o mamilo suavemente;
- Repita o processo na mama direita.
A palpação deve ser feita com os dedos das mãos juntos e esticados, com movimentos circulares e de cima para baixo em toda a mama, indo em direção às axilas. Depois, é indicado pressionar o mamilo para conferir se não sai nenhuma secreção.
Portanto, caso apresente algum sintoma adverso, confira se ele não está presente na outra mama.
Vale ressaltar que o exame das mamas realizado pelo (a) médico (a) especialista tem maior acurácia e é capaz de detectar nódulos mais precoces, uma vez que está mais treinado em realizar esta avaliação do que a população geral.
Sintomas além do “caroço”
Sentir um nódulo nas mamas é o que muitos acreditam ser o único sinal do câncer de mama. Embora a doença seja geralmente assintomática nos primeiros estágios, enquanto o tumor é pequeno, à medida que o câncer se desenvolve, vão surgindo outros sintomas. São eles:
- Alterações no formato ou no tamanho da mama;
- Pele com aspecto anormal, semelhante à casca de laranja;
- Vermelhidão, calor e dor (no caso de câncer de mama inflamatório);
- Feridas e crostas na pele do mamilo (bico do seio);
- Inversão do mamilo/mamilo afundado;
- Liberação de secreções ou sangue pelo mamilo.